sexta-feira, junho 25, 2010

Midsummer ou Litha - Solstício de Verão
(21 de Junho - Hemisfério Norte) e (21 de Dezembro - Hemisfério Sul)

Certo dia, estávamos nós reunidos em um espaço esotérico em São Paulo. onde a maioria dos integrantes na época eram mulheres. Sabíamos que precisávamos encontrar mais homens para participar dos nossos rituais por uma questão de equilíbrio de energias, já que acreditamos na união destas forças opostas (princípio masculino e princípio feminino) como base do próprio universo. Haviam muitas deusas pra pouco deus (risos). Nos encontrávamos sempre aos domingos quando uma de nós trouxe junto de si uma pessoa nova. Essa pessoa também era uma mulher mas era especial, e com certeza nos foi enviada por motivos especiais, pois possuía uma energia extremamente masculina. E assim seu primeiro ritual com o grupo foi justamente Litha, quando o deus sol, ou seja, a energia masculina, atinge seu ápice.Hoje, tenho mais certeza do que nunca, coincidências não existem e as coisas são exatamente como devem ser.


Ah o verão...E quem é que não gosta?
Ta bom vai eu entendo, às vezes está quente demais. É a força do sol que está crescendo! É o nosso amado Deus que agora se encontra em sua maturidade, seu auge!!

Agora está em sua fase adulta e é em Midsummer que sua força se eleva ao ápice para em seguida entrar em declínio novamente e dar continuidade ao ciclo.

O Solstício de Verão, também chamado de Meio de Verão, Alban Helfim ou Litha, é o dia mais longo do ano e simboliza o poder do sol, e é através do sol que nos conectamos aos ciclos anuais e suas estações. Desde os primórdios da humanidade, assim como a lua é o símbolo da deusa, da magia e das coisas misteriosas, o sol nos traz os aspectos masculinos do nosso Deus e está relacionado à fertilidade e germinação.




É o Deus provedor da vida que, em união com a Deusa a tudo cria. Sem seu calor nada existiria e por isto a humanidade sempre foi consciente de seu poder, basta nos lembrarmos das construções da antiguidade que deixaram um legado de seu culto como o monumento de Stonehenge...


Vínhamos observando o crescimento do sol desde a chegada da primavera (Ostara) e percebemos sua ação por todo o planeta. Agora as flores, folhagens e gramados mostram-se abundantes e belíssimos. Lindos campos de um verde magnífico banhados pela luz dourada do sol e nutridas por seu calor aconchegante, pois este é o seu momento de brilhar.



A celebração de Litha nos traz esta energia do masculino e é um momento muito especial para trabalharmos com coisas relacionadas a ele. Colher ervas medicinais (já que ele está relacionado a vida) e para fazer poções diante de todo este poder é um bom começo. Utilizar elementos que símbolizem o Deus em nosso altar durante o ritual é fundamental, dando até um pouco mais de ênfase do que à Deusa devido ao dia pertencer a ele. Um ramo de trigo ou um galho talvez seriam bons exemplos.



Tente se conectar com esta energia neste período pois ele é propício a magias relacionadas ao fogo, pois o princípio masculino fala da força ativa.

É claro que a forma como é celebrado e nos foi deixado pelas tradições, assim como temos visto nos outros sabbaths, é diferente, mas a base é a mesma. Tudo no universo é cíclico e a roda do ano tem seu começo meio e fim. Neste momento o Deus chega no auge de seu poder e logo começa a declinar como em uma roda gigante; ele sobe ao máximo desde seu nascimento e tão logo chegue ao topo começa a descer em direção a sua morte...


Muitos dos que seguem as tradições celtas celebram a despedida do Deus do Carvalho (Senhor do Ano Crescente) e o início do reinado do Deus do Azevinho (Senhor do Ano Decrescente), da escuridão, do inverno, que por sua vez durará até Yule (em nossos posts sobre Yule falamos algumas coisas sobre eles).


O termo Litha era mais utilizado nos calendários germânicos e nórdicos. No Asatru (paganismo Nórdico) este dia fala da morte do deus Balder ...


Gostaria de me desculpar por estar postando um texto sobre Litha depois de já ter passado Litha, realmente fazia um bom tempo que não postava aqui...Mas, como devemos sempre lutar contra as dificuldades estou de volta e não pretendo mais parar (risos) portanto este texto continua...


Freya

diferentes tipos de bruxas(os)




Pagãos

O Paganismo não é uma religião única, mas um termo que engloba todas as religiões que se baseiam no culto à Terra, à Natureza, às divindades naturais. O termo pagão foi generalizado a todos aqueles que não fossem batizados, mas o fato é que o significado do termo é bem mais profundo. Pagão vem do latim pagus ou paganus, que significa, basicamente, “morador do campo” ou “aquele que vive no campo”. Isso porque os povos do campo celebravam as colheitas, tinham sua religiosidade própria; não eram cristãos. Esse foi o termo utilizado pelos cristãos para denominar as pessoas que praticavam os ritos ligados à Natureza. Assim, quando alguém se diz pagão ou neo-pagão, está dizendo que sua religiosidade está ligada ao conceito que tem de sacralidade da Terra, e não que é contra o Cristianismo ou é satanista. Aliás, Satanismo nada tem a ver com Bruxaria, a não ser por definições pejorativas e cristãs.
Neopaganismo
A palavra neo também é latina, então o significado mais correto para o termo neopaganismo seria “paganismo novo”. Já vimos que o Paganismo é o nome dado às práticas dos povos pagãos que viviam no campo. Oras, a não ser que você viva em um sítio ou fazendo isolados do mundo e celebre todas as colheitas, plante etc, você não é exatamente pagão, mas um neopagão. Você está recriando o Paganismo, porém, mora em grandes (ou pequenas) cidades e não está exatamente na mesma situação que seus antepassados, certo? Por isso chamamos o movimento atual de Neopaganismo. Não é o Paganismo dos antigos, mas uma
reconstrução do antigo.
Bruxaria
A Bruxaria é chamada de Arte, Ofício e até de religião, dependendo de alguns praticantes. O fato é que a Bruxaria é um conjunto de crenças pagãs com raízes lá atrás, nos primórdios da humanidade. Muitas bruxas chamam a Bruxaria de “A Velha Religião” justamente por isso (o termo tornou-se especificamente popular na Bruxaria italiana, chamada Stregoneria ou Stregheria), mesmo nunca tendo existido uma velha e unificada religião das bruxas. Novamente, o que temos hoje em dia é uma reconstrução do antigo.
Bruxas(os)
Uma Bruxa é uma pessoa que pratica ritos baseada no culto à Natureza. Hoje em dia, temos uma variedade de crenças e vertentes envolvendo o Paganismo e temos bruxas tanto politeístas quanto duoteístas (que celebram a Deusa e o Deus de forma genérica). Apesar de a Bruxaria antigamente ser vivida e criada em clãs ou entre familiares, aos poucos foram-se desenvolvidos grupos chamados covens e hoje em dia, com a
mania de Bruxaria que tomou o mundo, há uma infinidade de praticantes solitários que buscam desenvolver seu conhecimento por si só, sem a ajuda de covens ou sacerdotes/isas. Alguns consideram a Bruxaria como uma religião, outros como um conjunto de crenças, outros como uma simples Arte ou Ofício que se utiliza da magia natural.
Wicca
Atribui-se este nome às práticas da Bruxaria Moderna, pois quem apareceu com o termo pela 1ª vez foi Gerald Gardner, na década de 1950. No entanto, o que Gardner chama de Wicca não é uma reconstrução da Antiga Religião – não existia “uma Antiga Religião”. Mesmo assim, como os seus livros marcaram o início da época moderna da Bruxaria, Wicca ficou sendo o nome dado à Bruxaria como uma religião estruturada, com seus dogmas, corpo ritual e divindades próprias; a religião da Bruxaria hoje. Para quem é iniciante, tudo isso pode parecer uma verdadeira confusão, mas com o tempo você entenderá direitinho.
Wicca Tradicional
A Bruxaria Moderna é chamada de Wicca. A Wicca Tradicional é baseada nos ensinamentos de Gerald Gardner, de que cada coven tem a sua linhagem (passada exclusivamente através de seus sacerdotes/isas de 3º grau), que remetem ao próprio Gardner. Tais ensinamentos são passados através de uma iniciação tradicional e de um profundo processo de transformação do indivíduo, guiado pelos mestres do coven, que lhes passarão os mistérios da tradição. A Wicca Gardneriana (ou Tradicional) é baseada em um sistema de graus de iniciação (do 1º ao 3º), onde o sacerdote (ou sacerdotisa) se desenvolve até estar apto(a) a passar a tradição a outra pessoa (somente após a iniciação no 3º grau). Bruxos tradicionais acreditam que a auto-iniciação seja uma ilusão inventada para a venda de livros de Bruxaria e afirmam que uma pessoa só pode ser wiccaniana caso seja iniciada por um coven tradicional.
Stregheria
“A Velha Religião”, “The Old Religion”, “La Vecchia Religione”. É a forma italiana da Bruxaria que também é pré-cristã, porém, com a difusão do Cristianismo, adotou diversos elementos da nova religião, tornando-a, de certa forma, bastante popular. No entanto, a Stregoneria mantém muitas crenças e práticas bastante similares à Bruxaria inglesa (divulgada por Gardner) e ensinamentos trazidos desde a época dos etruscos. Muitas bruxas italianas modernas são mulheres católicas que simplesmente continuam praticando sua nativa religião por costume familiar, mantendo a tradição. No Brasil, devido ao grande número de imigrantes italianos que recebemos nos dois últimos séculos, há uma herança forte relacionada à Stregoneria.
Outras formas de Wicca
A Wicca começou a se modificar depois de passar pelos Estados Unidos e pelos anos 70, quando atravessou o movimento feminista (que pegou carona em uma religião que cultuava uma Deusa). Muitos bruxos tradicionais decidiram abrir suas tradições e misturar outros elementos para que a Wicca pudesse se tornar mais acessível, especialmente aos praticantes solitários. Assim, termos como “autoiniciação” começaram a surgir, sugerindo que qualquer um poderia se tornar wiccaniano bastando um ritual de inserção. Do outro lado, bruxos tradicionais defendem a sua religião com unhas e dentes, lutando para que não se perca em meio a tantas deturpações. E, finalmente, no meio dessa turma temos os moderados, que acreditam sim na linhagem tradicional e hereditária, mas que também buscam desenvolver-se sozinhos, já que não têm a possibilidade de serem iniciados por um coven ou mesmo preferem trabalhar sozinhos. Infelizmente, há poucos assim. Será que mudaremos isso?
Religiões Reconstrucionistas
Desde que a Bruxaria e o Paganismo tornaram-se populares, muitas pessoas afirmam erroneamente que o que praticam são exatamente os mesmos ritos e cultos de milhares ou centenas de anos atrás, o que não poderia estar mais longe da verdade. Assim,
o que temos hoje são reconstruções do antigo – não vivemos o Paganismo exatamente como viviam nossos antepassados, mas como vivemos hoje. Cada religião ou vertente pagã hoje em dia tem sua própria estrutura, crenças e pequenos detalhes que fazem dela um caminho particular, e nenhuma delas pode ser vista como “a verdadeira Bruxaria” ou “o verdadeiro Paganismo”. De fato, temos muitas invenções e misturas hoje em dia com o nome Bruxaria estampado na capa, mas estamos descartando essas abominações e falando apenas dos caminhos sérios. Existem diversas vertentes e cabe a cada um descobrir com qual se identifica mais, dentro do Paganismo, caso seja isso mesmo o que seu coração anseia. Não podemos deixar de olhar para o passado, pois ele é imprescindível para tudo o que estudamos, mas precisamos viver o presente, construir o futuro – deixar nosso legadopara as gerações posteriores.
Reconstrucionismo é um termo geral para descrever essas religiões atuais que tentam reviver religiões ou práticas religiosas mais antigas. É uma continuação espiritual do que era o Paganismo antigamente.

(texto retirado da internet- bruxaria net)

Curso de bruxaria on line

Resolvi colocar toda semana a partir de agora alguns textos para se estudar em casa, debater no próprio blog, perguntas e respostas e vamos começar a aprender algumas coisas mais teóricas.

Primeira lição:




Princípios e crenças da Bruxaria

Este é um breve resumo dos princípios básicos da bruxaria.
Bruxas e bruxos são pagãos
E o que é ser pagão? Na nossa cultura se diz pagão aquele que não é batizado, porém a palavra paganismo quem dizer homem do campo, sendo assim, ser pagão é ser uma pessoa que consagra com a natureza, que vive seus ciclos, e a respeita como algo sagrado e divino. A natureza não é um presente de Deus como se diz por aí, ela é a própria deusa e todas as suas formas. A observação da natureza nos faz mais sábios, porque ela nos ensina os ciclos de nossa própria vida. Nosso templo é a natureza, respeita-la preservá-la é uma oração.
Crença na lei do retorno
tudo que você faz, volta três vezes para você. Então aproveite para fazer o bem, porque se fizer o mal, com certeza estará fazendo mal a você mesmo 3 vezes mais. Sabe essa estória que a gente ouve assim: aqui se faz aqui se paga, então, é por aí, só que na bruxaria se paga na mesma moeda e inflacionada!
Faze o que tu queres pois é tudo da lei, da lei!!!! só não se esqueça da lei do retorno.
Bruxas/os são politeístas
Nós somos um povo sem preconceito. Orixás, Avatares, santos, santas, deuses ou deusas, tudo é a representação de uma única coisa: o princípio feminino e o princípio masculino. Só a deusa não é completa. Só Deus também não. Se somos a imagem e a semelhança de algo maior e divino, esse algo maior e divino é homem e mulher.Cada um tem uma afinidade com um panteão, portanto, somos livres pra cultuarmos o que nos é mais próximo. Já vi bruxos cristãos, umbandistas, hindus...sem preconceito. Somos um povo sem preconceito.